quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Guia com 120 iniciativas concretas de economia verde está disponível para consulta Minas Gerais aparece com projetos nas áreas de atuação social e ambiental

Guia com 120 iniciativas concretas de economia verde está disponível para consulta Minas Gerais aparece com projetos nas áreas de atuação social e ambiental

Letícia Orlandi

Sistema de Pagamento por Serviços Ambientais que preserva nascentes de rios em em Extrema (MG) faz parte das iniciativas destacadas no relatório (Conservador das Aguas/Extrema/Divulgação)
Sistema de Pagamento por Serviços Ambientais que preserva nascentes de rios em em Extrema (MG) faz parte das iniciativas destacadas no relatório
Um guia com 120 iniciativas concretas para economia verde inclusiva e em andamento nos biomas brasileiros, sendo 50 desenvolvidas por estados e municípios, já está disponível para consulta no site do Ministério do Meio Ambiente. As experiências, sistematizadas num acordo de cooperação entre o Ministério e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foram debatidas durante a Rio+20 e resultaram no documento "Iniciativas de Economia Verde no Brasil: experiências das unidades federativas em promover uma economia verde inclusiva". A publicação pode ser acessada aqui: www.mma.gov.br

Estados e municípios de todas as regiões apresentaram as propostas levadas à Rio+20, durante o evento Diálogos Federativos. Um dos objetivos foi fortalecer a coordenação entre os projetos e discutir a necessidade do aperfeiçoamento dos instrumentos de medição da riqueza e do desenvolvimento, como o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo o Ministério, o maior legado da Rio+20 é que o desenvolvimento sustentável deixou de ser preocupação exclusiva da área de meio ambiente para ser matéria de interesse dos setores sociais, desenvolvimentistas e financeiros.

Participação mineira
Minas Gerais aparece na publicação com ações na área social, como o Poupança Jovem e o Bolsa Verde, implementados pelo governo estadual; e o projeto de Garantia dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizado pela prefeitura de Uberlândia.



Na área ambiental, está entre os exemplos mineiros a substituição de combustíveis fósseis e carvão vegetal de desmatamento por carvão de florestas plantadas ou resíduos, realizado por meio de uma parceria entre a Plantar Siderúrgica S.A. e o Fundo Protótipo de Carbono do Banco Mundial. Outra iniciativa é a Bolsa Reciclagem, implantada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Sustentável para remunerar os catadores de material reciclável.

Aparece também no guia o Projeto Conservador das Águas, que realiza o pagamento por serviços ambientais aos produtores rurais que preservam as nascentes do município de Extrema, no Sul de Minas. Saiba mais sobre esse projeto na reportagem especial da série Economia Verde: Incentivo financeiro e prevenção ajudam a preservar nascentes em Extrema

Consequências » Amazônia deve sofrer grande extinção de espécies Até 2050, podem ocorrer de 80% a 90% das extinções de espécies de mamíferos, aves e anfíbios nos locais em que a vegetação foi retirada

Consequências » Amazônia deve sofrer grande extinção de espécies Até 2050, podem ocorrer de 80% a 90% das extinções de espécies de mamíferos, aves e anfíbios nos locais em que a vegetação foi retirada

Agência Estado
Publicação: 13/07/2012 09:51 Atualização: 13/07/2012 10:05

Filhotes de onça-pintada, espécie ameaçada: habitat do animal exige áreas com elevado grau de conservação (AFP PHOTO/ORLANDO KISSNER)
Filhotes de onça-pintada, espécie ameaçada: habitat do animal exige áreas com elevado grau de conservação
As piores consequências do desmatamento sofrido pela Amazônia ao longo de 30 anos ainda estão por vir. Até 2050, podem ocorrer de 80% a 90% das extinções de espécies de mamíferos, aves e anfíbios esperadas nos locais onde já foi perdida a vegetação. A boa notícia é que temos tempo para agir e evitar que elas de fato desapareçam. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Science.

Um trio de pesquisadores da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos considerou as taxas de desmate na região de 1978 a 2008 e levou em conta a relação entre espécies e área - se o hábitat diminui, é de se esperar que o total de espécies que ali vivem diminua, ao menos localmente.

Acontece que os animais têm mobilidade, podem migrar para locais vizinhos ao degradado. Lá vão tentar sobreviver, competindo por recursos com animais que já estavam no local, de modo que o desaparecimento não é imediato, podendo levar décadas para se concretizar.

É essa diferença, que os pesquisadores chamam de "débito de extinção", que foi calculada no trabalho. Grosso modo, é uma dívida que teria de ser "paga" - em espécies animais - pelo desmatamento do passado. A ideia por trás do termo é tanto mostrar o que poderia acontecer se simplesmente o processo de extinção seguisse o seu rumo, quanto estimar qual pode ser o destino dessas espécies que dependem da floresta, considerando outros cenários de ações.

Mas em vez de calcular para toda a Amazônia - o que seria problemático, porque há uma diferença de riqueza de biodiversidade no bioma -, os autores mapearam os nove Estados em quadros de 50 quilômetros quadrados, a fim de estimar os impactos locais. Uma espécie pode deixar de ocorrer em uma dada área, mas isso não significa que ela desapareceu por completo.

Tanto que a literatura ainda não aponta a extinção de nenhuma espécie na Amazônia, explica o ecólogo Robert Ewers, do Imperial College, de Londres, que liderou o estudo. "Uma razão para isso é que o desmatamento se concentrou no sul e no leste na Amazônia enquanto a mais alta diversidade de espécies se encontra no oeste da região. Mas não há dúvida de que muitas estão localmente extintas onde o desmatamento foi mais pesado."

Na pior hipótese, a do "business as usual", considera-se a continuidade do modelo da expansão da agricultura; na melhor, que o desmatamento zere até 2020. Os pesquisadores propõem, no entanto, que o cenário mais realista é o que considera a permanência da governança, ou seja, das ações governamentais que levaram à queda do desmatamento nos últimos anos.

Mas mesmo nessa situação é de se esperar que espécies sumam. Em 2050, os pesquisadores estimam que localmente (nos quadros de 50 km² podem desaparecer de 6 a 12 espécies de mamíferos, aves e anfíbios em média; enquanto de 12 a 19 podem entrar na conta do que pode ser extinto nos anos seguintes.

Eles reforçam que isso ainda não aconteceu e defendem que ações que aumentem as unidades de conservação e promovam a restauração de áreas degradadas têm potencial de evitar o danos. Os mapas mostram em quais áreas esse esforço poderia promover mais benefícios.

Em outro artigo na Science que comenta o trabalho, Thiago Rangel, da Universidade Federal de Goiás, pondera que a conjuntura atual é incerta. "O governo vai investir pesado em infraestrutura, estão previstas 22 hidrelétricas de grande porte estão sendo reduzidas as unidades de conservação e o Código Florestal vai ficar mais frouxo. A trajetória dos dez anos que passaram dava uma sinalização otimista, mas são os próximos dez anos que vão dizer o que vai acontecer, pondera Rangel.

Apple defende decisão de retirar selo de sustentabilidade de seus produtos Novo MacBook Pro com tela Retina já não tem certificação da Ferramenta de Avaliação Ambiental para Produtos Eletrônicos

Apple defende decisão de retirar selo de sustentabilidade de seus produtos Novo MacBook Pro com tela Retina já não tem certificação da Ferramenta de Avaliação Ambiental para Produtos Eletrônicos

Estado de Minas
Publicação: 11/07/2012 10:53 Atualização: 11/07/2012 15:53

 (REUTERS/Robert Galbraith )

A Apple se pronunciou nesta terça-feira em defesa da decisão de retirar seus produtos do programa de classificação da Ferramenta de Avaliação Ambiental para Produtos Eletrônicos (Epeat, na sigla em inglês), observando que é preciso uma "abordagem abrangente" para tornar os produtos ambientalmente responsáveis.

A Apple, que se orgulhava de ser uma empresa de equipamentos verdes e recebia a certificação máxima do órgão desde 2007, solicitou a retirada do selo de todos os seus 39 computadores, monitores e laptops.

A alegação, segundo Robert Frissbee, presidente da Epeat, é de que a “direção do design” na empresa não era mais consistente com as exigências. “Eles eram parceiros importantes, e estamos decepcionados que não queiram mais seus produtos medidos por este padrão”, afirmou o dirigente ao Wall Street Journal.

Epeat
O objetivo da Ferramenta de Avaliação Ambiental para Produtos Eletrônicos é reduzir o impacto negativo da fabricação de eletrônicos, com regras relacionadas ao meio ambiente, envolvendo duração do produto, materiais tóxicos e facilidade em reciclar, por exemplo.

O novo MacBook Pro com tela Retina já não tem certificação Epeat, e especialistas indicam que um dos motivos é a dificuldade de desmontagem do produto para fins de reciclagem.

"A Apple tem uma abordagem abrangente para medir o impacto ambiental e todos os nossos produtos atendem aos mais rigorosos padrões de eficiência energética apoiados pelo governo dos EUA", disse Kristin Huguet, porta-voz da empresa. "Nós também divulgamos as emissões de gases referentes a cada item em nosso site, e a linha da Apple é superior em outras importantes áreas ambientais não mensuradas pela Epeat”, declarou.

No passado, a Apple foi uma das empresas que ajudou a desenvolver o padrão Epeat. Em seu site oficial, o órgão disse que a certificação é uma chance de mostrar e validar iniciativas verdes de design, produção mais limpa e serviços de apoio ao cliente. “Mas Epeat é mais do que simplesmente uma avaliação de produto - é também um esforço da comunidade para definir e manter as melhores práticas em sustentabilidade ambiental para a eletrônica”.

No comunicado, a Epeat disse ainda “lamentar que a Apple tenha deixado de registrar seus produtos”. “Esperamos que eles decidam fazê-lo novamente em algum momento no futuro”, conclui o órgão de certificação.

16 votos a favor e 4 obstruções » Comissão mista aprova texto-base da MP do Código Florestal Conforme novo texto, imóvel rural localizado em área de floresta da Amazônia Legal deverá ter até 80% de área conservada

16 votos a favor e 4 obstruções » Comissão mista aprova texto-base da MP do Código Florestal Conforme novo texto, imóvel rural localizado em área de floresta da Amazônia Legal deverá ter até 80% de área conservada

Agência Câmara
Publicação: 12/07/2012 16:54 Atualização:
A comissão mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que complementa o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), aprovou na tarde desta quinta-feira, por 16 votos a favor e 4 obstruções, o texto principal do senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Os 343 destaques sobre a matéria deverão ser votados em agosto.

Em seu relatório, Luiz Henrique manteve a exigência de recuperação de 20 metros de mata ciliar nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais. Os ruralistas queriam a redução dessa faixa para 15 metros, mas o relator concordou apenas que ela não poderá ocupar mais do que 25% da propriedade.


Com relação à Amazônia, o senador modificou, nesta quinta-feira, a parte do parecer que trata do limite para a soma da reserva legal e das APPs, a fim de não inviabilizar economicamente uma propriedade rural. Conforme o novo texto, o imóvel rural localizado em área de floresta da Amazônia Legal deverá ter até 80% de área conservada, somando reserva legal e APP. Nas demais situações, esse limite será de 50%, o que valerá inclusive para localidades da Amazônia Legal onde o bioma não seja Amazônia.

O primeiro relatório estabelecia limite de 80% no imóvel localizado na Amazônia Legal, simplesmente, e 50% nas demais regiões do País.

Projeto prevê clonagem de lobo-guará

Projeto prevê clonagem de lobo-guará

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 14/11/2012 11:00 Atualização: 14/11/2012 11:05
 (REPRODUÇÃO/REDETV! )
Uma parceria da Embrapa Cerrados com o Jardim Zoológico de Brasília pretende realizar a primeira clonagem de um animal silvestre no País. Como parte do esforço de preservação de mamíferos do Cerrado, o lobo-guará surge como provável candidato a ser usado no experimento, que deve começar em janeiro.

A clonagem é o próximo passo de um projeto anterior entre as entidades. “Criamos um banco de germoplasmas (material genético) com células de animais mortos. Temos um material que acabaria se perdendo, desde roedores aos maiores”, diz o pesquisador Carlos Frederico Martins, da Embrapa Cerrados. “Ainda não está decidido qual animal será usado, mas temos avaliado espécies como o lobo-guará, que tem ocorrência no Cerrado. Também temos espécies como o cachorro-do-mato e a onça-pintada em nosso banco de células.”

Ele afirma que o projeto pretende transferir a experiência da Embrapa para o zoológico, que poderá desenvolver pesquisas próprias. “Inicialmente, coletamos células de animais do Cerrado mas estamos expandindo para outros biomas e até para espécies exóticas. A ideia é treinarmos os pesquisadores do zoológico para que eles produzam seus trabalhos na área.”

A técnica de transferência celular em mamíferos é dominada pela Embrapa desde o nascimento de Vitória, o primeiro clone bovino do País e da América Latina, há 11 anos. Desde então, mais de 150 bovinos foram clonados por pelo menos três laboratórios brasileiros.

“Nossa ideia neste projeto é usar o conhecimento que temos com base na clonagem de bovinos”, afirma Martins, que evita estipular um prazo para o nascimento do primeiro clone de mamífero silvestre. “Nos bovinos, apenas entre 5% a 7% dos embriões chegam ao final da gestação. Novamente, teremos de verificar as possibilidades dos embriões e de se transferi-los para os receptores.”

O pesquisador da Embrapa garante, porém, que há viabilidade e cita a clonagem do lobo-cinzento feita por pesquisadores sul-coreanos da Universidade Nacional de Seul, há cinco anos. Ele não descarta buscar auxílio técnico para complementar as experiências feitas no País. “O know-how que a gente tem dá para começar, mas com o andar do projeto podemos ter contato com o pessoal de lá para obter informações sobre as técnicas usadas.”

Martins lembra, no entanto, que a clonagem dos mamíferos silvestres ameaçados é um recurso pontual, que não deverá ser usado em larga escala. “A clonagem é apenas uma das tecnologias possíveis de serem utilizadas e serve apenas para o repositório do zoológico. O ideal é que sejam mantidas medidas como a preservação dos hábitats e a proteção desses animais.”

Cautela
A superintendente do zoológico, Juciara Pelles, espera que em três meses a documentação esteja pronta para dar início ao projeto. Ela diz que o zoológico aguarda a aprovação do departamento jurídico da Embrapa para que o contrato seja assinado. “Será um contrato de cooperação técnica, em que não será preciso autorização especial do ICMbio e do Ibama.”

À espera dos últimos ajustes, Pelles evita dar detalhes sobre quantos animais e quais outras espécies poderão ser clonadas, mas confirma que será usado o banco de germoplasmas já coletado. “As lâminas que foram feitas foram conservadas e serão aproveitadas”, completa.

domingo, 3 de junho de 2012

BELÍSSIMA, MUSICA.. Vento Ventania

BELÍSSIMA, MUSICA.




Terras-raras mais perto da realidade



Terras-raras mais perto da realidadeEstudos que vão indicar áreas promissoras no Brasil serão divulgadas até dezembro

Publicação: 03/06/2012 07:39 Atualização:

Os primeiros levantamentos oficiais sobre o potencial do subsolo brasileiro para disputar o valioso mercado mundial dos metais das terras-raras começam a chegar neste ano às mãos dos investidores. Dados aerogeofísicos e mapas que estão sendo preparados pelos técnicos da CPRM/Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, vão indicar áreas promissoras de ocorrência desse grupo de 17 elementos com aplicação nas indústrias de alta tecnologia. Até dezembro, serão disponibilizados os estudos da etapa inicial do projeto, orçado em R$ 4,5 milhões.

Depois da região amazônica, a CPRM, antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, deu início aos levantamentos no estado, informou Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais da empresa. “O Brasil pode participar com áreas promissoras no comércio internacional, mas muito ainda tem de ser feito nessa direção”, afirma. Também foram concluídos os levantamentos de mais de 1 mil amostras de concentrados de minerais coletadas no Quadrilátero Ferrífero – antiga província mineral da Região Central de Minas –, com ocorrências de ferro, manganês, ouro, gemas coradas e terras-raras em 170 municípios.

O potencial geológico será pesquisado em todo o país nos próximos dois anos e meio. Além do Norte do Amazonas, há indícios que já atraem empresas em Araxá e Tapira, no Alto Paranaíba, como a multinacional canadense MBac e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). A Vale informou recentemente ter descoberto a substância em Patrocínio, na mesma região. Informações do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) indicam que Minas detém 39 mil toneladas das 40 mil toneladas de reservas medidas no país, mas ainda não há efetiva exploração. 

No estado, pesquisadores avaliam amostras de sedimentos coletados desde os anos 60 e que podem ser processados para o estudo de terras-raras. O acervo está reunido na Litoteca da CPRM em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e programa está sendo financiado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os estudos deverão acelerar iniciativas na área de terras-raras desenvolvidas pela iniciativa privada. A Salomão Empreendimentos Minerais é uma das empresas que busca parceiros. Segundo o dono do negócio, Rômulo Mansur, amostras superficiais estão sendo colhidas em uma extensão de áreas que chega a 28 mil hectares, contemplando 66 requerimentos minerários. Os documentos se estendem aos municípios de Vazante, no Noroeste de Minas; Belo Vale, Moeda e Jeceaba, na Região Central de Minas. “Pretendemos investir em terras-raras, mas o Brasil precisa definir incentivos nessa área”, diz Mansur.